Caixa desiste de centenas de processos no STF
A Caixa Econômica Federal
oficializou nesta sexta-feira a desistência de cerca de 500 dos 600
processos em tramitação atualmente no STF, após reunião com o ministro
Cezar Peluso, presidente do tribunal.
Mensalmente, um montante de 430 recursos extraordinários são distribuídos no STF — há ainda os agravos, cujo número não foi informado.
De acordo com Jailton Zanon da Silveira, diretor jurídico da Caixa, as regras para os novos processos também irão mudar. “Se antes o advogado tinha que pedir autorização para não recorrer ao STF, agora terá que justificar o porquê do recurso”, afirmou.
Uma pesquisa publicada em maio desse ano pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostrou que a Caixa é a maior litigante do STF, seguida pela Telemar e pelo Banco Central. Foram ajuizados pela Caixa, nos últimos 21 anos, mais de 211.420 processos no STF.
“Queremos ser agora um dos litigantes que menos têm recursos, ou o que menos tem recurso”, afirmou Silveira.
Segundo ele, foram mantidos apenas os processos que têm relevância para a Caixa por causa da repercussão geral ou sobre os quais o STF ainda não tenha se manifestado.
Os recursos dos quais a Caixa desiste são, em sua maioria, aqueles que já têm solução pacificada na jurisprudência ou os de menor valor, segundo Silveira.
O impacto financeiro dessas desistências –que permitem a execução imediata de uma sentença contra a Caixa — já foram avaliados, de acordo com ele, e não representaram prejuízo grande para o banco.
STJ
O executivo da Caixa afirmou ainda que a iniciativa pode ser estendida ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e a outros tribunais.
Para Peluso, “não é impossível que as empresas privadas façam o mesmo, porque elas têm ainda mais autonomia para decidir quando recorrer de uma decisão”.
O ministro é autor de uma proposta que prevê que uma sentença possa ser executada a partir de julgamentos em segunda instância. Ela foi transformada em proposta de emenda constitucional pelo senador Ricardo Ferraço, segundo a qual não seria necessário esperar o julgamento pelos tribunais superiores (STJ e STF) para que a sentença tivesse todos os efeitos.
NÁDIA GUERLENDA CABRAL/FSP
junho 4, 2011 – pm:49 pm
Categories: Economia, Financiamento, Investimentos, Justiça
Mensalmente, um montante de 430 recursos extraordinários são distribuídos no STF — há ainda os agravos, cujo número não foi informado.
De acordo com Jailton Zanon da Silveira, diretor jurídico da Caixa, as regras para os novos processos também irão mudar. “Se antes o advogado tinha que pedir autorização para não recorrer ao STF, agora terá que justificar o porquê do recurso”, afirmou.
Uma pesquisa publicada em maio desse ano pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostrou que a Caixa é a maior litigante do STF, seguida pela Telemar e pelo Banco Central. Foram ajuizados pela Caixa, nos últimos 21 anos, mais de 211.420 processos no STF.
“Queremos ser agora um dos litigantes que menos têm recursos, ou o que menos tem recurso”, afirmou Silveira.
Segundo ele, foram mantidos apenas os processos que têm relevância para a Caixa por causa da repercussão geral ou sobre os quais o STF ainda não tenha se manifestado.
Os recursos dos quais a Caixa desiste são, em sua maioria, aqueles que já têm solução pacificada na jurisprudência ou os de menor valor, segundo Silveira.
O impacto financeiro dessas desistências –que permitem a execução imediata de uma sentença contra a Caixa — já foram avaliados, de acordo com ele, e não representaram prejuízo grande para o banco.
STJ
O executivo da Caixa afirmou ainda que a iniciativa pode ser estendida ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e a outros tribunais.
Para Peluso, “não é impossível que as empresas privadas façam o mesmo, porque elas têm ainda mais autonomia para decidir quando recorrer de uma decisão”.
O ministro é autor de uma proposta que prevê que uma sentença possa ser executada a partir de julgamentos em segunda instância. Ela foi transformada em proposta de emenda constitucional pelo senador Ricardo Ferraço, segundo a qual não seria necessário esperar o julgamento pelos tribunais superiores (STJ e STF) para que a sentença tivesse todos os efeitos.
NÁDIA GUERLENDA CABRAL/FSP
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