27 de jan. de 2013


Embaixador salvou centenas de vidas durante o Holocausto.

Souza_Dantas[1]Passaportes diplomáticos já salvavam vidas. Luiz Martins de Souza Dantas, embaixador do Brasil em Paris até 1942, salvou mais de mil pessoas de serem enviadas a campos de extermínio (judeus, gays, comunistas e artistas), entregando-lhes o documento. A corajosa atitude do diplomata contrariou o ditador Getúlio Vargas, simpático aos nazistas. O papel desse herói brasileiro será relatado a Dilma neste domingo, Dia do Holocausto, em encontro com a comunidade judaica.
O Brasil teve seu próprio Oscar Schindler. Como o famoso empresário retratado no filme de Steven Spielberg, o diplomata Luiz Martins de Souza Dantas (1876-1954), embaixador brasileiro em Paris de 1922 até 1942, foi reconhecido oficialmente pelo Museu do Holocausto (Yad Vashem) em Jerusalém, por ter emitido centenas de vistos durante os anos mais duros da repressão nazista na Europa.
Sem alarde e lutando contra recomendações oficiais do governo Getúlio Vargas, Souza Dantas salvou comprovadamente 475 pessoas de morrerem em campos de extermínio.
O número certo de pessoas – judeus, homossexuais, comunistas e outras vítimas do nazismo – que encontraram a salvação graças à assinatura de Souza Dantas não é conhecido. O historiador carioca Fábio Koifman, 38 anos, diretor de Pesquisas da Universidade Estácio de Sá, acredita que possa passar de mil. Foi graças a Koifman e a seu livro Quixote nas Trevas, que o diplomata foi reconhecido, por unanimidade, com meio século de atraso, pelo conselho do museu, no último dia 2. Koifman deve ir a Jerusalém para a cerimônia, a ser realizada ainda este ano, na qual o diplomata receberá, postumamente, honrarias.
Só 18 diplomatas foram reconhecidos, até hoje, como ”Justos entre as Nações” (denominação dada aos que arriscaram suas vidas para ajudar vítimas do Holocausto). Souza Dantas é o 19º. Não fosse por ele, o ator e teatrólogo polonês Zbignew Ziembinski, por exemplo, nunca teria chegado ao Brasil.
Outro que teria perecido na Europa seria o ”anônimo” brasileiro, nascido em Antuérpia, Raphael Zimetbaum, 75 anos, morador do Rio.
- Ele falou para os meus pais e tios que tinha certeza de que estaria salvando as nossas vidas – conta Zimetbaum, que nunca conheceu o diplomata pessoalmente, mas o idolatra.
Na lista dos 18 diplomatas ”justos” figura uma brasileira: Aracy de Carvalho-Guimarães Rosa, que foi assistente do embaixador brasileiro em Berlim durante a Segunda Guerra Mundial. Também pouco conhecida, ela salvou cerca de 80 pessoas, emitindo vistos por conta própria. O feito de Souza Dantas, no entanto, é considerado bem maior, não pela quantidade de pessoas a quem conseguiu dar asilo, mas pelo risco pessoal que correu.
Souza Dantas foi várias vezes advertido pelo Ministério das Relações Exteriores e ficou numa espécie de prisão domiciliar alemã por 14 meses. Além disso, escapou por pouco das penalidades de um inquérito administrativo aberto pessoalmente por Getúlio Vargas, em outubro de 1941. O processo só não foi até o fim porque, no ano seguinte, o Brasil cortaria relações com a Alemanha e Getúlio decidiu abafar o caso.
- Estamos muito felizes com o reconhecimento oficial. Naquela época, poucos governos estavam abertos a dar asilo às vítimas dos nazistas – diz Eitan Surkis, ministro conselheiro da Embaixada de Israel em Brasília. (Colaborou Pedro Malburg)
Filme:  Homem sensível e elegante, um charmeur nato, grande amante das mulheres, coube a Souza Dantas pronunciar o primeiro discurso da história nas Nações Unidas, colocando o seu nome, definitivamente dentre os mais importantes da diplomacia mundial. Mas, em seu próprio país, permanece desconhecido. Essa é a história que “Bom para o Brasil” contará. O filme está em pré-produção e captação dos recursos necessários a sua realização, já tendo sido tomados alguns depoimentos, como os dos beneficiados por vistos do embaixador: Raphael Zimetbaum, Chana Strozemberg e o economista americano Felix Rohatyn. Também foi feita uma grande pesquisa de imagens nos arquivos europeus e americanos da II Guerra Mundial, o que, esperam os produtores, garantirá uma grande qualidade ao filme, que colocará o embaixador Luiz Martins de Souza Dantas definitivamente na memória dos que aqui nasceram e de muitos dos que escolheram o nosso país para recomeçar as suas vidas.

JUSTIÇA: Banco que negou água à funcionária é condenado

calor_copo_agua_dr%5B1%5D[1]Impedida de beber água durante o horário de trabalho, uma ex-funcionária de uma das empresas que presta serviços para o Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (Banrisul) ganhará indenização de R$ 7 mil. A decisão foi tomada pela 8ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Por unanimidade, os juizes trabalhistas consideraram que houve dano emocional à funcionária.
A terceirizada exercia a função de auxiliar de serviços gerais. De acordo com a decisão tomada no fim do ano passado, a que o Correio teve acesso, a trabalhadora relata que nenhum funcionário da área de limpeza podia usar os bebedouros dos 21 andares do prédio do Banrisul, em Porto Alegre.
A esdrúxula proibição começou em 2005, um ano depois de a autora da ação ser contratada pela empresa da área de limpeza Proservice Portaria e Serviços Ltda, de onde foi demitida em 2009. Na ação, a vítima relatou ainda que sofria assédio moral e que não recebeu devidamente as verbas rescisórias a que tinha direito.
Todas as três instâncias que apreciaram o caso deram ganho de causa à ex-funcionária terceirizada do Banrisul. A primeira decisão foi tomada pela 11ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, que responsabilizou tanto o banco quanto a empresa empregadora pelo dano causado à mulher. “Não há dúvida de que os demandados, ao proibir os empregados de consumir água durante a jornada de trabalho, afrontam direitos fundamentais dos trabalhadores, ferindo diretamente o princípio da dignidade da pessoa humana”, destaca a decisão do juízo de primeiro grau. “Entre as necessidades mínimas de qualquer ser humano estão as de alimentação e hidratação, sendo que o consumo de água durante a jornada é ínsito (próprio) à preservação da própria saúde do trabalhador”, acrescenta a decisão da 11ª Vara.
O Banrisul recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que confirmou a decisão de primeira instância e fixou a indenização em R$ 7 mil. O banco voltou a recorrer, dessa vez ao TST, que manteve o valor da indenização e considerou a instituição bancária responsável pelo dano junto com a empresa terceirizada. “No caso dos autos, é inequívoca a responsabilidade subsidiária da segunda reclamada (Banrisul) pelas parcelas deferidas à autora, porquanto não agiu de forma a impedir o descumprimento de obrigações legais e contratuais pela empregadora”, destaca o voto da relatora do processo no TST, a juíza convocada Maria Laura Franco.
Consta nos autos que, segundo uma testemunha, não era permitido aos empregados terceirizados beber água nos bebedouros do edifício sede do Banrisul, em Porto Alegre, a não ser que tivessem autorização e que, “caso o empregado precisasse tomar água, saía de seu posto de trabalho, procurava a senhora Isaura e, se fosse autorizado, podia beber água”. A testemunha não soube informar se a proibição partiu do banco ou da empresa terceirizada. Ela acrescentou que não havia água no vestiário dos funcionários. “Caso algum empregado fosse flagrado nos andares tomando água ou café era verbalmente advertido e encaminhado para receber uma advertência escrita”, relatou a testemunha.
O Banrisul entrou com embargos contra a decisão do TST. Os recursos deverão ser julgados a partir de fevereiro, quando os ministros retornam do recesso. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da estatal gaúcha informou que “o pretenso episódio teria ocorrido em 2005 sob outra diretoria do Banrisul” e que “os registros disponíveis não autorizam afirmar que o fato ocorreu”. De acordo com a assessoria, a política de gestão de pessoas do banco “é reconhecida pela forma transparente e democrática com que são conduzidas as relações de trabalho”. De acordo com os autos, a empresa terceirizada não compareceu à audiência inicial e, por isso, a Justiça aplicou a pena de confissão, na qual são considerados verdadeiros os fatos relatados e não são contestados.

Fonte: Correio Braziliense

Família encontra jabuti sumido há 30 anos na bagunça de casa no Rio

Animal vivia dentro de quarto entulhado de equipamentos eletrônicos sem a família saber. Eles achavam que bicho tinha fugido de casa durante obra.

Perla RodriguesDo Fantástico
Jabuti ficou dentro de quarto por 30 anos (Foto: Perla Rodrigues/ TV Globo)Jabuti ficou dentro de quarto por 30 anos (Foto: Perla Rodrigues/ TV Globo)
Manuela tinha uma vida normal de jabuti. Acordava, passeava pelo jardim, comia suas folhas e adorava se esconder pela casa. Um belo dia resolveu se esconder muito bem e ficou sumida por 30 anos.
Aconteceu em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A jabuti da família Almeida foi reencontrada numa caixa de som após 30 anos sumida dentro da própria casa da rua Padre Sabóia de Medeiros.
No início da década de 1980, durante uma reforma da casa, os Almeida deram por falta do bicho. “Eu achei que ela tinha fugido, porque o pedreiro que fazia a obra da casa deixava o portão aberto”, disse a dona da jabuti, Sueli de Almeida. A família perguntou para a vizinhança, mas ninguém encontrava uma ‘tartaruga fugitiva’ por Realengo. Até que Manuela foi esquecida.
No início de 2013, o patriarca da família, Leonel Almeida, morreu. Ele tinha a mania de acumular objetos e equipamentos eletrônicos dentro da própria casa. Esse hábito era tão arraigado que chegou a ocupar um quarto e o segundo andar da residência.
“Tudo que ele achasse que dava para consertar na rua, ele pegava. Se achasse uma televisão velha, pensava que no futuro poderia usar alguma peça para consertar uma nova e, assim, foi acumulando as coisas”, explica a filha Lenita de Almeida.
Após a morte de Leonel, o filho começou a desobstruir as áreas intransitáveis da casa. Até que veio a surpresa dentro de um dos sacos de lixo.
“Eu coloquei o saco de lixo no chão e o vizinho só me avisou ‘vai jogar fora a tartaruga também?’. Nesse momento, eu fiquei branco e não acreditei”, disse o filho Leandro.
Família brinca com Manuela (Foto: Perla Rodrigues/ TV Globo)Família brinca com Manuela
(Foto: Perla Rodrigues/ TV Globo)
A família toda ficou emocionada. Afinal, a querida ‘tartaruga’ Manuela tinha voltado. Mas como ela conseguiu viver dentro de um quarto cheio de equipamentos eletrônicos durante anos?
O professor e veterinário Jeferson Pires explicou ao Fantástico como os jabutis são resistentes.
“Apesar das situações adversas, eles podem ficar muito tempo sem comer. Mesmo sem ter um dado cientifico comprovando, eles podem ficar de dois a três anos sem comer. Na natureza, eles comem frutas, folhas, fezes, animais mortos”, disse.
A família, apaixonada por animais, acha que a jabuti se alimentava de cupins no local e, para eles, não há a possibilidade de alguém ter colocado ela dentro do quarto.
Manuela é um jabuti da espécie Chelonoides carbonaria, conhecida como jabuti piranga. Mas, para os Almeida, não tem jeito, é a tartaruga da casa. Agora, Manuela anda por toda a residência e diverte as gerações que já conhecia e as novas da família Almeida.

TV paga fatura mais que TV aberta em 2012

LG_42LH7000_remote_hand_test_review[1]O setor de TV por assinatura brasileiro fechou 2012 com um faturamento de R$ 23,7 bilhões, um crescimento de 32% sobre os R$ 18 bilhões de 2011, conforme adiantou o colunista Daniel Castro em sua coluna desta terça-feira.
Os dados são da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura), mas ainda não foram divulgados oficialmente e podem sofrer alterações.
Foi o primeiro ano em que a TV por assinatura faturou mais do que a TV aberta no país. Porém, cabe ressaltar que isso não quer dizer que a TV aberta está ficando mais pobre ou ameaçada pela TV paga. Além de a TV paga crescer em ritmo acelerado e seguir ficando mais rica, os dados da ABTA incluem as receitas das operadoras de TV por assinatura com telefonia e banda larga nos resultados.
Outro dado que chama a atenção é que, mesmo com o crescimento, a TV paga possui menos faturamento com publicidade do que a aberta.
As receitas da TV aberta vêm quase exclusivamente da publicidade, conforme destaca o colunista. Na TV paga, publicidade representa apenas 7% do total das receitas.
Até outubro, as redes abertas tinham arrecadado R$ 16 bilhões em publicidade, segundo o Projeto Intermeios.

Mesmo com a maior demanda de propaganda no final do ano, dificilmente Globo, Record, SBT, Band, Rede TV! e demais redes conseguirão superar a casa dos R$ 20 bilhões de receitas em 2012. Em 2011, elas faturaram R$ 18 bilhões. Previam um crescimento de 10% no ano passado.

Com informações de Daniel Castro/Redação Adnews

BRASIL: bolsas de estudos na União Europeia

Reunida com representantes da União Europeia, a presidente Dilma Rousseff (PT) assina nesta quinta-feira (24) acordo de cooperação para criar cem bolsas de estudos no centro de pesquisa integrada do bloco europeu.
O acordo faz parte do programa Ciência Sem Fronteiras e vale apenas para alunos de doutorado e pós-doutorado. O acordo foi elaborado em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia.
O centro de pesquisa da União Europeia tem oito unidades em cinco países diferentes (Itália, Bélgica, Espanha, Alemanha e Holanda). A prioridade são bolsas para áreas de prevenção de desastres naturais, mudanças climáticas, energia, segurança alimentar, bioeconomia, nanotecnologia e tecnologia da informação.2148993-2354-rec

IGREJA: Vaticano é dono oculto de imóveis caros em Londres

0,,6316470,00[1]Poucos turistas em visita a Londres imaginariam que as instalações da refinada joalheria Bulgari em New Bond Street têm qualquer conexão com o papa. O mesmo vale para a sede do próspero banco de investimento Altium Capital, na esquina de St. James’ Square e Pall Mall.
Mas esses edifícios de escritórios em um dos bairros mais caros de Londres são parte de um surpreendente império secreto de imóveis comerciais do Vaticano.
397388_527879377242649_443220372_n[1]Por trás de uma estrutura disfarçada por companhias de paraísos fiscais, a carteira internacional de imóveis da igreja foi expandida ao longo dos anos, com o uso de dinheiro pago originalmente por Mussolini em troca do reconhecimento do regime fascista pelo papa, em 1929.
Desde então, o valor internacional desse patrimônio criado com a ajuda de Mussolini vem crescendo até atingir os 500 milhões de libras.
Em 2006, no auge da mais recente bolha imobiliária, o Vaticano investiu 15 milhões de libras desse dinheiro para adquirir o imóvel do nº 30, St. James’ Square. Outros imóveis britânicos controlados pela igreja ficam em 168 New Bond Street e na cidade de Coventry. O Vaticano também controla edifícios de apartamentos em Paris e na Suíça.
O aspecto surpreendente da história, para alguns, será o esforço do Vaticano para preservar o sigilo sobre os milhões de Mussolini. O edifício da St. James’ Square foi adquirido por uma empresa chamada British Grolux Investment, que detém outros imóveis no Reino Unido.
O registro de empresas britânico não revela os verdadeiros proprietários da empresa e não menciona o Vaticano.
O “Guardian” enviou cartas a ambos perguntando a quem eles representavam, mas não recebeu respostas. A lei britânica permite que os verdadeiros proprietários de uma empresa sejam protegidos por sócios nominais.

The Guardian


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