16 de out. de 2012


Windows 8: O que você precisa saber

O Windows 8, novo sistema operacional da Microsoft, será lançado no dia 26, em Nova York, com a pompa exigida pela ocasião. O software vem sendo tratado como a mais radical atualização do sistema em quase duas décadas, desde o lançamento do Windows 95. Mas o que o consumidor pode esperar do programa?
Há duas grandes novidades. A primeira é a interface – a aparência do sistema. A outra é que o software está preparado para aceitar comandos diretamente na tela, feitos com a ponta dos dedos. Ou seja, leva para os computadores de mesa e notebooks uma característica típica dos smartphones e tablets.
A “cara” de um sistema geralmente não é uma mera questão estética. Tem a ver com simplicidade de uso e facilidade em encontrar o que se procura o mais rápido possível. Basta lembrar que o Windows tornou-se o padrão no mundo dos PCs ao criar um modelo de janelas ou abas que substituía, com larga vantagem, o hoje jurássico DOS. O antigo sistema exigia que os usuários digitassem longos comandos, mais misteriosos que hieróglifos egípcios.
A aparência do Windows 8, batizada de Metro, lembra um muro feito com blocos coloridos e não se parece com nada mostrado até agora. É isso o que tem arrancado elogios dos especialistas. Palavras como elegância e originalidade, pouco associadas à Microsoft, apareceram na maioria das resenhas escritas nos últimos meses, à medida que a companhia apresentava versões de teste do sistema.
Os blocos do Windows 8 são dinâmicos. Ou seja, eles trazem informações atualizadas ao usuário sem que se precise clicar neles. Pode ser a atualização de uma rede social, como o Facebook ou o Twitter; o nome da faixa musical que está sendo tocada; o próximo compromisso da agenda; ou informações sobre a temperatura local. Cada consumidor monta sua própria parede de informações do jeito que quiser.
Esse caminho distingue o novo Windows do sistema da Apple, o iOS, e do Android, do Google. Ambos usam ícones que, uma vez clicados, remetem a um aplicativo. As semelhanças entre eles – incluindo o formato arredondado dos ícones – têm servido de munição para uma guerra de patentes, que colocou em lados opostos a Apple e a Samsung, e da qual a Microsoft está fora.
Mas é a capacidade de aceitar comandos de toque a maior mudança do Windows 8. Grandes fabricantes como a Hewlett-Packard (HP) lançaram anteriormente computadores com tela sensível ao toque, mas esse tipo de produto nunca deslanchou. Em grande parte, porque as versões do Windows que equipavam esses aparelhos não haviam sido originalmente desenhadas para esse fim. Com o Windows 8 é diferente. O sistema também tem recebido críticas muito favoráveis em relação à precisão dos comandos na tela.
Para fazer isso, claro, o usuário terá de comprar um dos novos computadores com tela sensível ao toque que serão lançados na esteira do Windows 8.
Mas o sistema também poderá ser instalado em máquinas comuns. O usuário terá a opção de adotar a interface Metro ou manter a aparência tradicional do Windows, que traz poucas alterações. A mais significativa é o fim do botão “iniciar”.
Entre as características do novo sistema está o que a Microsoft chama de “Charms”. Quando o usuário toca com o dedo ou posiciona o mouse no canto direito da tela, abre-se uma lista de aplicativos que acelera as buscas e outras tarefas.
O programa de navegação da Microsoft na web também será renovado, com a adoção do Internet Explorer 10.
A Microsoft incorporou uma loja de aplicativos ao sistema operacional, e está investindo para reforçar seus serviços na nuvem, pelos quais os dados ficam armazenados em servidores da companhia e são acessados via internet. Ontem, a companhia anunciou o Xbox Music, pelo qual os usuários poderão ouvir, gratuitamente, cerca de 30 milhões de faixas de música, em computadores, tablets ou no console de videogame Xbox. O serviço baseia-se em streaming – o consumidor ouve a música quando está conectado, sem comprar o arquivo -, mas haverá uma opção para fazer o download da música, pagando por ela.
Tudo isso aproxima o Windows para PCs de seu “primo” para dispositivos móveis, o Windows Phone, que também vai ganhar uma nova versão. A ideia é proporcionar experiências semelhantes ao usuário, independentemente do equipamento usado.
O Windows 8 sairá em quatro versões. Quem comprou um PC com Windows 7 a partir de 2 de julho terá a opção de atualizar o software a um custo reduzido, de R$ 29. A oferta vale para máquinas que forem adquiridas até 31 de janeiro de 2013.

VALOR
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http://www.valor.com.br/cultura/2866878/o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-windows-8#ixzz29T3gEJPj

LIVRO: as cartas de amor de Fernando Pessoa

É uma edição da Assírio & Alvim (R$ 67,40, 368 págs., importado, na Livraria Cultura) e traz novidades. Além da inclusão de parágrafos omitidos na primeira edição das cartas de Ofélia, o livro inclui duas cartas inéditas da namorada de Pessoa.
Quando o heterônimo Álvaro de Campos escreve, em 1935, o poema “Todas as Cartas de Amor São Ridículas”, Fernando Pessoa já não namorava Ofélia Queiroz.
“Quem me dera no tempo em que escrevia/ Sem dar por isso/ Cartas de amor/ Ridículas.”, diz o poema. “A verdade é que hoje/ As minhas memórias/ Dessas cartas de amor/ É que são/ Ridículas.”
Pela primeira vez, nas livrarias portuguesas, encontram-se as cartas de amor de Fernando Pessoa (1888-1935) e de Ofélia Queiroz (1900-1991) reunidas em uma única edição e obedecendo a um critério cronológico.
Em 2013, como parte da programação do Ano de Portugal no Brasil, a obra será editada em nova versão pela brasileira Capivara. “O nosso livro sairá em maio com cerca de 170 cartas a mais e apresentará as cartas de Pessoa em fac-símile”, disse à Folha a editora Bia Corrêa do Lago.
Em Portugal as cartas do poeta foram publicadas pela primeira vez em 1978, e as de sua amada ganharam uma edição em 1996.Até a publicação da edição brasileira, a edição organizada pela acadêmica Manuela Parreira da Silva é a mais completa reunião das cartas trocadas entre o poeta e Ofélia.
Bia lembra que no prefácio dessa edição dos anos 1990 se dizia “que apenas 110 das 276 cartas enviadas por Ofélia estavam transcritas”. A edição brasileira terá as cartas que faltam nas edições portuguesas e que pertencem a seu marido, o colecionador Pedro Corrêa do Lago.
APAIXONADOS
Foi em novembro de 1919 que se conheceram, quando Ofélia tornou-se, aos 19 anos, secretária do escritório Félix, Valladas & Freitas, onde o autor de “Mensagem” trabalhava como tradutor comercial.
Foram trocando bilhetinhos até que em janeiro do ano seguinte, durante uma falta de luz no escritório, o escritor se declarou, citando “Hamlet”, contará ela mais tarde.
Nesta edição estão as 51 cartas que Pessoa escreveu a Ofélia Queiroz, entre março e novembro de 1920 (na primeira fase do namoro) e entre setembro de 1929 e janeiro de 1930 (na segunda fase).
“Os altos e baixos do ‘enredo’, as oscilações de humor, os ritmos ‘cardiográficos’ tornam-se, por assim dizer, mais fáceis de detectar numa edição como esta”, acredita a organizadora.
O casal marca encontros secretos, fala de problemas de saúde. E muitas vezes demonstra ciúmes.
Os dois brincam e falam como se fossem crianças, e Ofélia entra no jogo dos heterônimos do poeta.
Pessoa, no entanto, nunca quis ir à casa dela nem conhecer os seus familiares e também nunca falou da namorada à sua família.
Na carta que o escritor lhe envia para acabar com o namoro, em novembro de 1920, pergunta se ela prefere que ele devolva as cartas acrescentando que preferia conservá-las “como memória viva de um passado morto”.
Após o hiato de nove anos entre a primeira e a segunda fase do namoro, os dois voltam a corresponder-se por causa da fotografia que Pessoa lhe envia, tirada em 1929 num estabelecimento de bebidas de Lisboa, com um trocadilho na dedicatória: “Em flagrante delitro”.
MEMÓRIAS ÍNTIMAS
Tanto as cartas de Fernando Pessoa como as de Ofélia pertencem, neste momento, a colecionadores.
Por isso, a organizadora teve acesso a fotocópias dos originais, postas à sua disposição pelos herdeiros. As duas cartas inéditas incluídas na edição portuguesa, escritas por Ofélia em julho de 1920, faziam parte do conjunto.
“O motivo da não inclusão na primeira edição foi por vontade dos familiares de Ofélia. Creio que queriam preservar sua memória e evitar que a vida íntima da jovem fosse exposta. Interpretaram talvez erradamente as duas cartas e, por isso, preferiram que não fossem publicadas”, explica a pesquisadora.
Em uma dessas cartas, Ofélia diz a Fernando que lhe escreve da cama, de onde não se consegue levantar por estar doente.
Fala de uma “misteriosa doença”, e percebe-se que estará relacionada com seu período menstrual, tema ainda tabu na época. No final, ela pede que Pessoa rasgue a carta, coisa que ele nunca fez.
Passaram-se cerca de 15 anos, e a sobrinha-neta de Ofélia, com quem Manuela Parreira da Silva diz ter mantido uma excelente troca de ideias, achou que não fazia mais sentido não torná-las de conhecimento público.
“Afinal, elas tratam apenas de assuntos femininos, que o pudor de uma jovem de 20 anos impedia, naquela época, de abordar mais abertamente”, explica a pesquisadora portuguesa.
Lidas sem confronto com as da sua destinatária, as cartas de Pessoa pareceram a muita gente “meros exercícios literários”, o que explicará a ideia que se perpetuou de que o namoro entre os dois seria apenas platônico.
“Quando Fernando Pessoa escreve, a certa altura, que lembra com saudades da época em que ‘caçava pombos’, alguns leitores apressados imaginaram que se tratava de uma desconversa do autor, de uma brincadeira para provocar a sua namorada”, diz Parreira da Silva.
“Mas, ao conhecer-se a resposta de Ofélia, percebeu-se que, pelo menos, ela entrava na brincadeira, manifestando uma falsa perplexidade.”
A leitura cruzada de outras cartas confirma que Pessoa se referia aos seios da jovem, os “pombinhos” sobre os quais, em outro momento, diz deitar a sua cabeça.
Em outra carta, Pessoa escreve: “Queria ir, ao mesmo tempo”, à Índia e a Pombal.
“Se Pombal se torna agora uma metáfora transparente, a Índia permanece velada, sugerindo, obviamente, um outro ‘lugar’ menos acessível”, explica a investigadora.
Na correspondência do casal há outras referências, sobretudo de Ofélia, aos beijos e carícias trocados pelos dois e ao sentimento de júbilo e, às vezes, de saudade que essa recordação lhe provoca.
“Não creio, no entanto, que tenha havido entre os dois uma intimidade maior do que essa”, conclui.
“Enfim, foi, sem sombra de dúvida, um namoro comum, que irrita os que imaginavam que Fernando Pessoa tenha sido um homem incapaz de se relacionar com uma mulher. A verdade é que essas cartas reencontram um Fernando Pessoa como um homem muito normal, dentro da extrema anormalidade de ser um grande poeta”, acredita a especialista.
Fernando Pessoa deixou os sentimentos em segundo plano

FSP

CUBA: governo eliminará exigência de autorização para deixar a ilha


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O governo de Cuba eliminará a partir de 14 de janeiro de 2013 a exigência de permissão para sair da ilha, em vigor desde os primeiros anos do regime de Fidel Castro na década de 60. A medida também elimina a necessidade de uma carta de convite para viajar ao exterior e prolonga de 11 a 24 meses a autorização de permanência no exterior dos cidadãos cubanos.
“O governo cubano, no exercício de sua soberania, decidiu eliminar o procedimento de solicitação de Permissão de Saída para as viagens ao exterior e deixar sem efeito o requisito da Carta de Convite”, afirma um comunicado do ministério das Relações Exteriores.
A reforma migratória foi anunciada há dois anos pelo presidente Raúl Castro, que em 2006 substituiu o irmão enfermo, Fidel, e acontece como parte das mudanças para “atualizar” o modelo cubano.
Mas, como explicou o próprio Raúl Castro em ocasiões posteriores, essa é uma questão complexa em consequência das tensões de meio século com os Estados Unidos, onde vivem 80% dos 1,5 milhão de cubanos que residem no exterior.

Apenas passaporte e o visto

O comunicado da chancelaria destaca que “a partir de 14 de janeiro de 2013 será exigida apenas (aos cubanos que desejam viajar) a apresentação do passaporte corrente atualizado e o visto do país de destino”.
Desde a década de 60, Cuba exigia de todos os cidadãos uma permissão de saída que autoridades podem aceitar ou negar, ao custo de 150 dólares, um valor alto em um país no qual o salário mensal médio equivale a 20 dólares.
Também exigia uma carta de convite, emitida a pedido de parentes e amigos residentes em outros países. O custo atual do texto é de quase 200 dólares na média, dependendo do país que o cubano pretende visitar.
De acordo com a legislação antiga, os 11 meses, que deviam ser prorrogados mês a mês ao custo 50 dólares, representavam o prazo máximo. Depois do período, o viajante era considerado oficialmente “desertor” e perdia vários direitos.
CP

IMPRENSA: Fim do Jornal da Tarde?

A redação do Jornal da Tarde se surpreendeu na tarde desta 4ª.feira (10/10) com o contato de leitores preocupados com o futuro do jornal. O departamento de assinaturas, por meio de seu Call Center, começou a informar aos que ligavam para assinar ou renovar assinaturas que isso não seria possível pois o jornal seria descontinuado, conforme a empresa havia orientado.
Num teste a que este J&Cia teve acesso, a atendente assegurou que o JT encerraria suas atividades até o final do ano e que seu conteúdo, incluindo cadernos como Esportes e Jornal do Carro, mudariam integralmente para dentro do Estadão. A redação, surpresa com a norma – que teria sido baixada há duas semanas –, mobilizou-se imediatamente para exigir uma explicação da direção da empresa sobre a situação real do JT e chegou a paralisar o trabalho por um período.
O diretor de Conteúdo do Grupo Estado Ricardo Gandour afirmou que não é verdade que o Jornal da Tarde vá acabar e atribuiu a um erro do Call Center a confusão, o que estava sendo reparado. Gandour disse que a empresa tem vários planos para o JT e está estudando as melhores alternativas dentro do portfólio do Grupo Estado para fortalecer e alavancar a marca.

Via PORTAL DOS JORNALISTAS

IMPRENSA: Estadão e O Globo estreiam parceria em cadernos


O Estado de S.Paulo e O Globo lançaram nessa 2ª.feira (15/10), o primeiro de quatro cadernos especiais de economia com temas de impacto sobre o futuro do País, que juntos integram a série Desafios brasileiros.
As duas redações vão trabalhar em conjunto nas pautas e levar entrevistas, análises e opiniões. Os cadernos terão o mesmo conteúdo e a mesma distribuição de pautas. A única diferença será o projeto gráfico, peculiar a cada empresa, que seguirá respeitado.
Em São Paulo, o projeto é coordenado por Ricardo Grinbaum, editor de Economia & Negócios, e Cley Scholz, chefe de Reportagem, com participação de repórteres desse caderno e de outras editorias, acrescido de análises de colunistas como Celso MingJosé Paulo KupferRolf KuntzSuely Caldas eEthevaldo Siqueira.
No Rio, a coordenação da equipe está a cargo de Silvia Fonseca, editora-executiva de produção de O Globo, com a editora de Economia Cristina Alves e a editora-assistente Lucila de Beaurepaire. Os repórteres vão se revezar conforme a especialidade de cada um e o tema de cada caderno. Entre os colunistas estão confirmados Miriam Leitão eGeorge Vidor.
O primeiro caderno chegou às bancas com o tema A competitividade da economia brasileira. Em 22/10 a pauta seráMercado de trabalho e educação; em 5/11, Energia e economia verde; terminando em 12/11 com Infraestrutura e Logística.
Para o anunciante, o acordo oferece uma tiragem de 500 mil exemplares por semana, com publicação e circulação simultânea nos dois veículos, o que representa mais de 2,5 milhões de leitores.
Por: Cristina Vaz de Carvalho

Painel: escreva o que quer fazer antes de morrer

“Encontrar um amor”, “visitar Dubai”, “andar de trem-bala”, “trair o marido”… É para instigar respostas como essas que um painel na alameda Ribeirão Preto, região central de São Paulo, conclama as pessoas a dizer o que gostariam de fazer antes de morrer.
Divulgação
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O projeto “Before I Die” foi criado pela artista americana Candy Chang em 2011 e já rodou cidades como Washington, Montreal, Madri e Budapeste. Em setembro ele aportou no país, na fachada do Hostel Beats, na Bela Vista
O projeto “Before I Die” foi criado pela artista americana Candy Chang em 2011 e já rodou cidades como Washington, Montreal, Madri e Budapeste. Em setembro ele aportou no país, na fachada do Hostel Beats, na Bela Vista.
O painel é pintado de preto e recebe uma colagem de stencil com a frase “antes de morrer eu quero….”. Ao lado fica uma caixa com giz sempre à deposição de quem quiser preencher a sentença.
“A maioria fala de família, de relacionamentos. A mais triste que eu vi era ‘fazer as pazes com o meu filho”, conta Lia Garcia, 29, que integra o coletivo Copudicafe, responsável por trazer a intervenção ao Brasil.
“Chutar o rabo do meu chefe”, “conhecer a Disney” e “gastar toda a grana” são algumas das orações que aparecem na versão brasileira da intervenção. Toda semana elas são apagadas para dar lugar a outras.
“Eu queria alguma peça de arte. Achei essa proposta, que é bastante profunda”, diz o dono do hostel, o holandês Frodo Eggens, 34, que aceitou estampar a intervenção em sua fachada. A pedido da reportagem ele escreveu o que ainda gostaria de fazer: “ir pra Groenlândia”.
O resultado do projeto será fotografado e fará parte de um livro a ser lançado em breve por Chang, com imagens das várias cidades que sediaram o “Before I Die”.
Para quem quiser declarar o que ainda quer fazer antes de morrer, o projeto fica na altura do 258 da alameda Ribeirão Preto, na fachada do Hostel Beats. É só pegar giz e escrever.
Confira mais imagens no site oficial do Before I Die
FSP/GUILHERME GENESTRETI

Seleção de métodos alternativos para uso de animais em pesquisas

Estão previstos recursos no valor de R$ 1,1 milhão para propostas voltadas para o financiamento de pesquisas e desenvolvimento e validação de modelo de pele humana na forma de kits para testes de segurança e eficácia

Em busca de encontrar soluções em pesquisas sem a experiência ou uso de animais, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) está selecionando propostas até a quinta-feira (18) para estruturação da Rede Nacional de Métodos Alternativos ao Uso de Animais em Pesquisas (Renama).
De acordo com o presidente da Federação Latino-Americana de Biofísica, Marcelo Morales, a criação e o fortalecimento do Renama são fundamentais para o avanço da substituição de animais em pesquisas, quando houver comprovação científica da eficácia do método alternativo.
“Neste momento, o Brasil dá os primeiros passos na proliferação desses métodos, mas ainda há uma necessidade muito grande dos animais para a ciência. Só vamos conseguir substituir em alguns casos. Ainda é desta forma – com uso dos animais- que vamos conseguir fazer novas metodologias para a produção de medicamentos e de vacinas não só para uso de seres humanos, mas também dos próprios animais”, explicou.
A legislação brasileira exige que todas as instituições em que são feitas pesquisas com o uso de animais tenham uma comissão de bioética responsável por garantir que não lhes seja causado sofrimento.
A representante no Brasil da organização Worldwide Events to End Animal Cruelty (Weeac), que defende o fim da crueldade contra animais, Patrícia El-Moor, vê com otimismo a iniciativa do governo brasileiro. Embora reconheça que a criação do Renama cause desconfiança entre ativistas que exigem uma resposta mais rápida e definitiva às suas demandas, ela acredita que a rede vai contribuir, de fato, para incentivar pesquisas de métodos substitutivos.

Renama
A Renama foi criada em junho deste ano, no âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com o objetivo de atuar no desenvolvimento, na validação e na certificação de tecnologias e de métodos alternativos ao uso de animais para os testes de segurança e de eficácia de medicamentos e cosméticos. Outra atribuição da rede é promover maior integração de trabalhos e estudos colaborativos de grupos que atuam nessa área.

Edital de participação
Estão previstos recursos no valor de R$ 1,1 milhão para propostas voltadas para as linhas temáticas: financiamento de pesquisas para implementação em laboratórios, desenvolvimento e validação de modelo de pele humana na forma de kits para testes de segurança e eficácia, e métodos alternativos ao uso de animais.
Podem participar da seleção instituições de ensino superior, públicas ou privadas sem fins lucrativos; institutos e centros de pesquisa e desenvolvimento, públicos ou privados sem fins lucrativos; ou empresas públicas que executem atividades de pesquisa em ciência, tecnologia ou inovação.
As propostas devem ser encaminhadas ao CNPq pela internet, companhadas de arquivo contendo o projeto. A chamada e o regulamento podem ser conferidos no site da instituição.

Método alternativo existente 
Morales, que também é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), citou o exemplo de um método certificado internacionalmente para substituir os animais em testes de irritabilidade de pele. Esses kits, com estruturas celulares produzidas em cultura, são comercializados, mas o curto prazo de validade prejudica a importação pelo Brasil.
“O Brasil ainda não usa esse kit porque não conseguimos importar e usar durante o período de validade, que é apenas sete dias. Depois de ser enviado e passar por todos os trâmites da alfândega, o prazo já foi ultrapassado. É muito importante que tenhamos uma rede nacional que faça pesquisa com esses métodos alternativos e nos permita substituir sempre que possível”, avaliou.

Abrir empresa no Brasil leva até 119 dias

O excesso de burocracia dificulta a vida do empreendedor brasileiro. Reunir toda a documentação para se abrir uma empresa no Brasil pode levar até 119 dias. Nos casos menos demorados, é possível finalizar todas as etapas em 49 dias, segundo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Para o gerente de competitividade da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Cristiano Prado, é justamente o excesso de burocracia que atrapalha a “formalização e legalização” dos negócios, além de encarecer o procedimento. “O Brasil tem cultura de exigir burocracia muito forte. São fases desnecessárias que tomam o tempo do empresário e torna mo processo mais caro. Às vezes é tão complicado que o empresário prefere ficar na ilegalidade ou informalidade”, avaliou.
Pesquisa da Firjan aponta que o custo médio para abertura de empresas no Brasil é R$ 2.038. O valor pode variar 274% entre os estados. O levantamento destaca que é mais barato abrir um negócio na Paraíba (R$ 963). Já os empreendedores de Sergipe têm que desembolsar até R$ 3.597 para o mesmo fim.
Segundo o estudo Quanto Custa Abrir uma Empresa no Brasil, o custo é três vezes superior ao que é gasto nos outros países do grupo do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Em 2008, os gastos para abrir uma empresa no país atingiram R$ 430 milhões. Nos outros países do bloco, as despesas com o mesmo processo somaram cerca de R$ 166 milhões. Dos 183 países pesquisados, o Brasil aparece na 58ª posição de alto custo.
O governo federal já identificou a demora no processo e tenta reduzir o tempo de espera do empreendedor. Nesse sentido, o governo aposta no Projeto Integrar, que consiste em um cadastro unificado, no qual todos os órgãos envolvidos no processo de abertura da empresa possam visualizar a documentação necessária. A expectativa é que todas as etapas sejam finalizadas em nove dias.
O programa funciona em caráter experimental em alguns estados. O projeto nacional foi lançado em Brasília em setembro, mas a efetiva redução na espera para se abrir uma empresa deve ocorrer apenas no segundo semestre de 2013.
O custo médio para abertura de empresas no Brasil é R$ 2.038, contra R$ 1.213 na Colômbia, R$ 315 no Canadá e R$ 559 na Rússia. Esse valor varia 274% entre os estados brasileiros, sendo o mínimo na Paraíba (R$ 963) e o máximo em Sergipe (R$ 3.597).
Fonte INFO

Abusada por Polanski em 1977 vai lançar livro

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Samantha Geimer: revelações…
Uma das maiores polêmicas do mundo das celebridades há décadas ganhará um relato em primeira pessoa em breve. Isso porque Samantha Geimer, que ficou famosa como a adolescente que teria sido estuprada pelo diretor Roman Polanski em 1977, aos 13 anos, aceitou uma oferta feita pela editora norte-americana Simon & Schuster para escrever um livro sobre o que realmente aconteceu.
Intitulado “The Girl: Emerging From The Shadow of Roman Polanski”, o livro de Samantha, hoje com 48 anos, deverá ser lançado até o fim do ano. Nele, a autora afirma que quer se livrar da imagem de “garota vítima” que a persegue há anos. Vale lembrar que Samantha chegou a interferir em favor de Polanski para que o processo de abuso sexual aberto contra ele fosse arquivado, o que foi negado pelas autoridades dos Estados Unidos. Em tempo: para contar seu lado da história, Samantha recebeu um adiantamento de quase US$ 4 milhões da Simon & Schuster.
Revista Poder

Vacina para intolerância ao glúten

Uma vacina que impede o organismo de reagir a um dos principais ingredientes do pão, o glúten, está sendo testada em mais de 100 pacientes dos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia. De acordo com a empresa Immusant Inc, essa pode ser a “primeira receita no mundo para curar a doença celíaca”.
Depois de identificarem 3.000 fragmentos proteicos do glúten que causam danos ao organismo, os cientistas reduziram esse número a três, que pareceram explicar quase todos os casos da doença celíaca. A partir daí, desenvolveram a nova vacina, que, de acordo com os testes realizados em laboratório, mostraram que o medicamento pode ajudar o sistema imunológico a se tornar tolerante ao glúten.
— Esperamos que o NexVax2 reduza drasticamente a resposta imunológica do organismo ao glúten para que o paciente possa ter uma dieta normal e uma vida saudável — disse um porta-voz da Immusant Inc ao site do Daily Mail UK.
A nova vacina contém pequenos fragmentos de proteínas, que são as responsáveis ​​pelo desencadeamento do sistema imunológico durante o processo digestivo. Por serem tão pequenos, os fragmentos não são atacados pelo sistema imunológico que são aumentados gradualmente, permitindo que o sistema imunológico habitue-se lentamente a níveis mais elevados de glúten.
Com a intolerância ao glúten, normalmente, a pessoa sofre crises de diarreia e vômitos depois de comer algum alimento que contenha a substância. Dessa maneira, o organismo fica carente de proteínas e minerais e os ossos começam a enfraquecer, aumentando o risco de osteoporose. Estudos mostram ainda que o risco de câncer de intestino também aumenta.
Atualmente, não há cura para a doença, apesar de haver dietas e medicamentos que podem ajudar a controlar os sintomas. Enquanto isso, os cientistas dizem que a vitamina D pode ajudar a tratar a colite ulcerosa.
Embora o pão seja o mais conhecido vilão, o glúten também pode ser encontrado alimentos como massas, bolos e biscoitos.
— A vacina definitivamente poderá fazer a diferença. A empresa espera ter tudo pronto dentro dos próximos três ou quatro anos — afirmou a pesquisa Sarah Sleet, chefe-executiva da “Charity Coeliac UK”, que financiou parte do trabalho sobre a vacina.

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