23 de abr. de 2012


Comissão aprova piso salarial de R$ 4,6 mil para enfermeiros

Conforme a proposta, técnicos receberão R$ 3.255, e os auxiliares, R$ 2.325.
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou na quarta-feira (18 de abril) o Projeto de Lei 4924/09, do deputado Mauro Nazif (PSB-RO), que fixa o piso salarial de enfermeiros em R$ 4.650.
Por sugestão do relator,  deputado Assis Melo (PCdoB-RS), a comissão também acolheu emenda anteriormente aprovadapela Comissão de Seguridade Social e Família, que fixa o salário dos técnicos de enfermagem em 70% do piso (R$ 3.255), em vez dos 50% previstos no projeto original.
O texto aprovado também aumenta o percentual previsto para auxiliares de enfermagem e parteiras. No projeto original eles receberiam 40% do salário do enfermeiro. O texto aprovado fixa um percentual de 50% do piso (R$ 2.325) para essa categoria.
“Sabemos que um piso salarial digno desestimula que os trabalhadores mantenham diversos empregos em detrimento da saúde deles e de seus pacientes. Nossa realidade demonstra que grande parte dos profissionais da saúde se submete a longas jornadas e a múltiplos vínculos contratuais”, disse Assis Melo.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Saúde: Mamografia x Câncer na tireoide: Fato ou Mito?

O exame de mamografia tem assustado cada vez mais as mulheres. A preocupação é que alguns especialistas americanos têm relacionado o fato do aumento de câncer na tireoide, com o exame realizado periodicamente em mulheres.
De acordo com a Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia, a ligação entre a mamografia e o câncer na tireoide não tem base cientifica, pois estudos mostram que o exame não expõe a tireoide a doses consideradas nocivas. Segundo a Comissão, na mamografia moderna há uma exposição insignificante para outros locais sensíveis à radiação que não seja a mama.
O assunto poderia ser encerrado após a afirmação da Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia. Mas a dúvida que permanece na cabeça de muitas mulheres é: Porque ao se fazer qualquer exame de raios X, até mesmo de um dente, é preciso usar como proteção um avental de chumbo e, para a mamografia pode-se expor o corpo à radiação?
O professor de Mamografia e Controle de Qualidade da Faculdade LS, Edmário Brandão Leite explica, que não se usa avental de chumbo em todo exame de raios X: “Em odontologia usa-se o protetor tiroidiano ou avental de chumbo pela proximidade dos órgãos e pelo número de dentes existentes. Quanto à mamografia, o feixe de radiação é colimado de maneira que só atinge a área de interesse, no caso, a mama”, afirma.
De acordo com o professor, o protetor de tireoide, quando bem colocado não atrapalha o exame, pois o feixe primário de radiação é colimado e o tubo de raios X é instalado no equipamento de maneira que o feixe de radiação passa paralelo a todo tecido da parede toráxica: “O protetor existe para outros tipos de exame, como a radiologia odontológica e a radiologia convencional”, explica Edmário Brandão.
Sendo assim, a relação entre mamografia e câncer na tireoide pode ser considerada um mito, já que o exame não interfere diretamente à tireoide.
Leia mais: Mamografia x Câncer na tireoide: Fato ou Mito? – Artigos – Enfermagem e Saúde

Saúde: parteiras tradicionais indígenas passam por qualificação

Encontro realizado em Roraima faz parte da estratégia da Rede Cegonha e capacitará 30 mulheres para que auxiliem o os cuidados aos recém-nascidos nas aldeias
Trinta parteiras tradicionais indígenas das etnias Makuxi e Wapixana, ambas do estado de Roraima, participam de encontro de qualificação em cuidados com recém-nascido, que será realizado a partir desta segunda-feira (23) até 30 de abril, na comunidade indígena de Tabalascada, na cidade Cantá, município distante 40 quilômetros da capital Boa Vista.  A iniciativa do encontro é da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde, por meio do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Leste de Roraima, em parceria com Secretaria de Saúde de Roraima. A ação faz parte do programa Rede Cegonha.
O objetivo do encontro é capacitar as parteiras para que auxiliem nos cuidados básicos imediatos aos recém-nascidos nas aldeias e com isso ajudar na redução da mortalidade infantil.  A abertura do curso ocorre nesta segunda, a partir das 9h, e contará com a presença chefe da DSEI Leste de Roraima, Dorotéia Reginalda Moreira Gomes, e do secretário Estadual de Saúde de Roraima, Antônio Leocadio Filho. Durante o evento serão entregues 30 kits com equipamentos básicos de assistência imediata ao recém-nascido. Os kits possuem 35 itens, entre eles, estojo de alumínio com tesoura reta, fita métrica uterina, capa de chuva e balança pediátrica. Os Kits foram fornecidos pela Secretaria de Saúde de Roraima.
A capacitação também faz parte da estratégia da SESAI de promover atenção integral à saúde por meio da integração entre a medicina tradicional indígena com as práticas da medicina ocidental. As parteiras são profissionais importantes na atenção à saúde indígena no que se refere ao auxilio às equipes de saúde no pré-natal e também no parto, principalmente em aldeias de difícil acesso. De acordo com o último levantamento do Distrito, atualmente existem cadastradas no DSEI 78 parteiras, sendo que 95% delas também são Agentes Indígenas de Saúde (AIS).
A metodologia utilizada na qualificação será a participativa baseada na educação popular. Assim, durante o curso, além das orientações sobre as principais doenças e complicações com recém-nascidos e a identificação de casos de gestação de risco, as parteiras irão relatar casos de partos que fizeram e descrever seus conhecimentos tradicionais relacionados à gestação e ao parto: como a concepção cultural de cada etnia sobre a gestação, o uso de ervas medicinais e restrições alimentares durante a gravidez e puerpério (pós-parto). O evento contará com a participação de um consultor do Ministério da Saúde, dois facilitadores do DSEI Leste e duas médicas pediatras.
Sobre o DSEI Leste de Roraima – O Distrito Sanitário Especial Indígena Leste de Roraima é a unidade gestora descentralizada do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, responsável por organizar e prestar o atendimento básico de saúde aos indígenas que vivem na região leste e norte de Roraima, inclusive nas aldeias na fronteira com a Venezuela e a Guiana. A população atendida pelo Distrito é de cerca de 40 mil índios, de 12 etnias diferentes, com predominância da etnia Makuxi, seguida da Wapixana.
Por Aedê Cadaxa, da Agência Saúde.
(61) 3315-6256

Fernando Pessoa homossexual, vaidoso e pouco criativo …lançado em Portugal

photo Hoje
O Fernando Pessoa homossexual, vaidoso e pouco criativo de José Paulo Cavalcanti Filho
Apesar de ser um dos grandes nomes da literatura mundial, a verdade é que são raras as biografias sobre Fernando Pessoa, podendo ser contadas com os cinco dedos de uma mão.
Fernando Pessoa: uma (Quase) Biografia (Record, 736 páginas, 79,90 reais), livro em que o advogado pernambucano José Paulo Cavalcanti trata sem cerimônias de um clássico das letras portuguesas. Fernando Pessoa (1888-1935) é mostrado como um beberrão, um homossexual enrustido e, ainda, um escritor de rala criatividade. “Pessoa não tinha imaginação”, diz Cavalcanti, que descobriu 55 novos heterônimos do poeta – além dos 72 já catalogados pela especialista Teresa Rita Lopes – entre conhecidos seus e em jornais e textos escritos por ele, entre outras fontes. “Boa parte deles vêm de gente que existia mesmo, de admirações literárias ou lugares caros a Pessoa”, conta.
José Paulo Cavalcanti Filho foi portanto à procura do Homem em vez de «A OBRA». E o que encontrou foi realmente algo surpreendente, como a natureza homossexual do poeta, além da extrema vaidade e da pouca imaginação. Está tudo em «Fernando Pessoa – Uma quase-autobiografia», agora editada em Portugal pela Porto Editora, «que está mais completa que a edição brasileira», reconhece o autor, amante do diálogo e… do charuto.
http://diariodigital.sapo.pt
Leia trecho da entrevista a revista Veja:

O senhor descobriu que Fernando Pessoa tinha um total de 127 heterônimos. Em que fontes o poeta se pautou para criar seus outros “eus”?
De fato, até bem pouco, o número consensual de heterônimos era aquele dado por Teresa Rita Lopes: 72. No livro, mostro que o poeta usou, pela vida, 202 nomes, dos quais 127 seriam heterônimos, que agora são descritos com suas biografias possíveis. Apesar do número enorme de heterônimos, no final da vida, Pessoa decidiu abandonar todos para reunir o melhor do que escreveu num livro de 300, 400 páginas em seu próprio nome. Apenas lhe faltou tempo, para isso, pois logo lhe veio a “mater dolorosa da angústia dos oprimidos” (morte).
Como foram descobertos os novos heterônimos?O livro começou em um momento mágico, quando percebi que Pessoa não tinha imaginação. Diferentemente do que se pensa, ele preferia usar o que tinha à mão – sua vida, amigos, admirações literárias, mitologia. Fui descobrindo os heterônimos à medida que apareciam. E iam aparecendo por toda parte, em livros de sua biblioteca, nos pequenos jornais que escrevia, nos textos que analisei. Estavam ali, às ordens, esperando, até que alguma mão os resgatasse desse limbo. É como quem pela vida escreve um diário secreto, nem tão secreto assim, que, depois de ter a chave, tudo fica claro. Em Tabacaria, por exemplo, ele diz, “Se eu casasse com a filha da minha lavadeira, talvez fosse feliz”. Uma frase como essa bem poderia ser metáfora, claro. Mas, conhecendo seu estilo, já sabia que havia uma lavadeira, havia uma filha dessa lavadeira, e terá havido um romance entre eles. Quando fala em um Esteves conversando com o dono da Tabacaria, o “Esteves sem metafísica”, claro que havia mesmo um Esteves. Era um vizinho da família, que a pedido dela, por ironia, se dirigiu à Conservatória do Registro Civil para declarar o óbito do poeta.
Para entender melhor a questão: como se define um heterônimo?
Em um primeiro momento, heterônimos são, ou deveriam ser, aqueles que escrevem com estilo autônomo em relação ao do autor real. Não só isso. E que escreveriam sobre temas específicos, diferentes dos usualmente tratados pelo autor. Aos poucos, entre especialistas de Pessoa, esse conceito foi se alargando, até chegar ao ponto atual, em que Pessoa escreve como se fosse outro. Claro que sem demonstrar, nem de longe, a autonomia que tinha aquela primeira classificação. Mantido o primeiro critério, bem visto, heterônimos seriam apenas três – Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Se fôssemos estender um pouco mais, para considerar também aqueles que deixaram obra vasta, teríamos que incorporar mais cinco, a saber: Search, Mora, Baldaya, Teive e Bernardo Soares (admitindo que seja este o mesmo que Vicente Guedes, com o qual seriam então mais seis). No total, portanto, oito heterônimos (ou nove, como já visto). Mas a tese consensual é de que todos os nomes usados por Pessoa – para assinar traduções, prefácios, charadas, serviços diversos – constituem heterônimos. Inclusive o próprio Pessoa.
Então, os heterônimos não são todos poetas?
A maioria dos heterônimos assina textos, mas para outros foi destinada alguma função específica: escrever livros que não de poesia, entre eles um de luta livre (que seria a capoeira de Angola), de sucesso em Bahia e arredores, traduzir obras de ocultismo, por exemplo, ou prefaciar obras – do próprio Pessoa e de terceiros. Alguns foram companheiros de viagem, que de certa maneira viveram com ele. Outros assinaram livros de sua estante. Ou fizeram charadas em jornais. É claro que, no fundo, era sempre Pessoa escrevendo. Álvaro de Campos, por exemplo, só escreveu poemas homossexuais até fins de 1919, quando Pessoa conheceu Ophelia Queiroz (que namorou o poeta em dois momentos). E, no fim da vida, vemos Campos casado, ao lado de uma esposa.
Que espaço é dedicado à sexualidade do poeta?
No livro, o tema ocupa um capítulo inteiro. Em resumo, Pessoa tinha uma natureza homossexual, mas nunca foi além disso (nunca concretizou sua opção). Não há um depoimento de amigo, um texto, uma foto em posição suspeita.
Pessoa bebia bastante. Com que evidência o senhor diz que ele não morreu de cirrose?
Sim, ele bebia muito, muito além do que era razoável. A arte de beber, que no livro ganha todo um capítulo, lhe foi ensinada pelo tio Henrique Rosa. Quanto à morte, convidei um grupo grande de professores doutores para discutir as causas de sua morte. E restou consensual não ter sido por cirrose. Apesar de Pessoa ter bebido sempre além da conta, não foi cirrose, com certeza. Ele não apresentou nenhum dos sintomas clássicos das fases finais da doença – icterícia, ascite, distúrbios neuropsíquicos, hemorragia digestiva alta, coma –, sem contar que cirrose não dá a dor abdominal aguda que ele teve, às vésperas da morte. A causa mortis provável terá sido pancreatite. O livro dedica um capítulo aos estudos que levam a essa conclusão.
Que outras revelações o livro traz, e de que modo essas descobertas mudam a visão que se tem de Pessoa?
No livro, busco saber quem é o homem por trás da obra. Sua obra já está bem estudada, faltava saber como era ele. E, pouco a pouco, das sombras, emerge um homem vaidoso e discreto. O livro fala de seus hábitos – suas rotinas e manias, como o sentar sempre sobre as mãos, a cabeça levemente pendida para a esquerda, o falar baixo – e também de um livro de poesias que escreveu e vendeu a um russo, que o publicou. Fala também do último encontro de Ophelia Queiroz, implausível amor, com seu corpo, no Hospital São Luís dos Franceses. Um estudo mais amplo sobre sua sexualidade, suas angústias, a arte de beber.
Suas páginas já irritaram alguém?
Ainda não. Mas penso que será normal que apareça mesmo algum Cristo. Mas eu contratei um historiador e um jornalista, em Portugal, para revisar cada página. A geografia de Lisboa, a história de Portugal, nomes, tudo foi conferido. Há dois tipos de pessoas, os felizes e os desesperados. Os felizes, homens sensatos que são, marcam data para acabar e acabam suas tarefas. E seus livros. Os desesperados, enquanto sentem que pode ficar melhor, não terminam nunca. Infelizmente, para mim, pertenço a este segundo grupo. Há suor e sangue, no livro, que escrevi em pelo menos quatro horas por dia, durante quase oito anos, indo em média quatro vezes por ano a Lisboa, conversando com todo mundo, inclusive anônimos que o conheceram. Escrevi um livro que ainda não existia, mas que eu queria ler. Sem nenhuma ideia de que seja aquele que os outros quererão mesmo ler. Espero que sim. Ardentemente.
Maria Carolina Maia/Veja

Coca-Cola condenada a indenizar homem após explosão de garrafa

A Staipa S/A Indústria Brasileira de Bebidas, fabricante e distribuidora da Coca-Cola, foi condenada a pagar R$ 10 mil a consumidor que se feriu após explosão de garrafa em 1998. O autor ajuizou ação por danos morais após ter olho direito atingido por lascas de vidro enquanto manuseava garrafa. Ele afirma que a visão foi prejudicada após o acidente.
A empresa alega que os fundamentos da sentença são contraditórios, uma vez que deu provimento ao pedido indenizatório mesmo reconhecendo que não houve nexo de causalidade entre o acidente e o prejuízo ocular.De acordo com o desembargador Teixeira Leite, relator do caso, o valor da indenização “levou em conta os transtornos advindos com a operação ocular e a recuperação do autor. Isso porque, faltou uma precisa definição do nexo de causa entre o fato e a consequência final (redução do percentual de visão)”.
Processo: 9152678-32.2009.8.26.0000

ECOLOGIA: postes que não agridem o ambiente e reduzem custo de obras

Uma inovação tecnológica, com alto impacto no meio ambiente, está chegando nas redes de substransmissão de energia elétrica da AES Sul. Depois de testar em alguns pontos da rede elétrica, a empresa deu início à utilização de postes de PRFV – Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro, conhecidos como “postes de fibra de vidro”. Esses postes são usados nas redes de distribuição em várias partes do Brasil.
Os postes de fibra são altamente positivos para o meio ambiente. Entre os principais benefícios estão a imunidade a danos causados por animais, fungos, insetos (cupins), pássaros (pica-paus), umidade e corrosão. Os postes não são condutores de energia, aumentando a segurança dos profissionais que trabalham na rede e da comunidade; não propagam chamas, em caso de algum acidente; são mais leves, gerando economia de transporte; reduzem o impacto ambiental se comparados às estruturas metálicas das linhas de transmissão, pois não utilizam processo de galvanização; dispensam o uso de cimento, areia e ferro se comparados à implantação de postes de concreto ou que exigem base de concreto; e tem uma estética mais interessante do que os outros modelos.
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A AES Sul está priorizando a utilização dos postes de fibra nas linhas de transmissão, enquanto nas redes de distribuição o padrão segue sendo a troca do poste de madeira por postes de concreto. Outros benefícios – Além de redução de danos ambientais, os postes de fibra geram economia e agilidade nas obras. O uso desses postes no lugar de estruturas metálicas para a construção da linha Maçambará x Alegrete 5, de 55km, tem-se a seguinte situação: Redução de 37,% no tempo de execução da obra. Redução de 25% no custo total da obra. Eliminação do uso 1.420m³ de concreto. Eliminação do uso de 36 toneladas de aço. Redução considerável de escavação, uma vez que o poste é colocado diretamente no solo, sem a necessidade de fundações especiais em concreto.
A obra, que custaria inicialmente R$ 12,5 milhões, deverá ser feita com R$ 9,3 milhões.

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