Serra da Canastra pode ter a maior reserva de diamantes

Estoques de quartzito e a maior reserva de diamantes do Brasil
Estudos geológicos preliminares identificaram na região a existência de rochas kimberlíticas, fonte das maiores ocorrências de diamantes primários no mundo e raras no Brasil. Essas rochas geram pedras de alto valor, em contraponto à ocorrência mais corriqueira de aluviões – depósitos de cascalho, areia e argila que se formam na margem ou foz de rios e caracterizados por pedras menores.
A mineração tem sido uma das pressões econômicas por trás da disputa de quase uma década para redesenhar os contornos geográficos de Canastra. De acordo com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a área passível de exploração de diamantes é de 2 mil hectares, “quase nada” frente à extensão total do parque. Outros 6 mil hectares seriam aptos à mineração de quartzito.
Conservacionistas, no entanto, alegam que a exclusão dessa área, somada aos mais de 100 mil hectares já ocupados, “retalharia” a unidade federal de proteção integral.
Um relatório de conclusão do grupo interministerial formado em 2006 para analisar os conflitos, ao qual o Valor teve acesso, afirma que a ocorrência de diamantes foi identificada em dois locais. O primeiro kimberlito, chamado de Canastra 1, teria potencial de geração de 550 mil a 2 milhões de quilates de diamantes (0,2g por quilate), entre cinco e oito anos. O segundo, Canastra 8, de 40 milhões e 139 milhões de quilates em 20 anos.
“É um depósito de diamante importante, mas é potencial porque a pesquisa não foi finalizada”, diz Miguel Antonio Cedraz Nery, diretor-geral do DNPM. “Se comprovado, seria um dos maiores do país”.
Os alvarás haviam sido concedidos à Samsul Mineração, principal empresa do grupo canadense Brazilian Diamonds, que faz pesquisas com diamantes no Brasil. Mas foram suspensos após a acusação do Ministério Público Federal de ilegalidade da exploração na área de conservação. “Só não revoguei o alvará para não gerar instabilidade no mercado”, diz Nery. As pesquisas continuam interrompidas.
Uma sucessão de erros do Estado permeou a história de Canastra. Criado em 1972, o parque tinha originalmente 197 mil hectares, mas desencontros entre desapropriações e planos de manejo fizeram com que as autoridades ambientais administrassem, de fato, somente 71,5 mil hectares.
Na área restante, a ocupação se consolidou e cresceu, enquanto o próprio governo emitia licenças ambientais e títulos minerários que permitiram a instalação de novas atividades, todas em conflito com os objetivos de um parque nacional. “Apenas em 2001, no processo de elaboração de um novo plano de manejo, o Ibama constatou o equívoco institucional” e passou a reconhecer a área da Serra da Canastra em sua totalidade, diz o relatório interministerial.
Segundo o DNPM, o Brasil representa hoje apenas 0,2% da produção mundial de diamantes. Em 2007, foram 182 mil quilates. Em 2008, 70 mil quilates, uma queda brusca explicada pela crise financeira internacional que tornou as cobiçadas pedras supérfluas.
Em um cenário mais conservador, de produção de 550 mil quilates em cinco anos, os diamantes de Canastra praticamente dobrariam a produção brasileira. “E em um cenário otimista, a gente ia começar a aparecer [no cenário mundial]“, diz o diretor de fiscalização do DNPM, Walter Lins Arcoverde.
O relatório acrescenta: “Esses dados justificam plenamente, sob o ponto de vista econômico, a lavra de diamante nesses dois locais (…). Em termos de geração de emprego, a empresa titular da área estima 1,3 mil postos de trabalho, o que também justifica a atividade, a qual será desenvolvida nos tempos médios de sete anos em Canastra 1 e de 16 anos em Canastra 8″.
Para a procuradora do Ministério Público Federal, Ludimila Oliveira, os projetos de lei em trâmite no Congresso podem “retalhar o parque nacional sem observar as bacias hidrográficas”. Ela lembra que a criação da unidade de conservação veio como resposta a uma seca que, pela primeira vez na história, interrompeu a navegação do rio São Francisco e desencadeou uma mobilização da sociedade. “É possível até haver alterações, mas desde que precedida de uma revisão dos estudos técnicos”, diz.
Além da Samsul, o Brazilian Diamonds mantinha outro pé em Canastra através da Mineração do Sul, adquirida da De Beers em 2002. Em agosto passado, o grupo canadense anunciou a venda da subsidiária. Em nota, o CEO Stephen Fabian informou: “Tem sido um tempo difícil no Brasil para exploradores de diamantes”
Valor
Publicado setembro 6, 2010 – am:20 am
Categorias: Agronegócios, Eco, Economia
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"Tagged"diamantes, Serra da Canastra
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Mercosul: documento único para desembaraço de mercadorias
Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai adotarão
um documento único para a internalização e desembaraço de mercadorias
transacionadas no Mercosul para efeito de fiscalização nas aduanas. O
“Documento Único Aduaneiro do Mercosul” é uma das diretrizes do
projeto de adequação da infraestrutura alfandegária em conclusão na
Receita Federal. A readequação modificará procedimentos de controle e
fiscalização em 126 aduanas, 164 portos e instalações portuárias, 33
pontos de fronteiras, 37 aeroportos, 67 portos secos e 23 recintos de
remessas postais.Os acertos para a adoção do “Documento Único Aduaneiro do Mercosul” foram definidos na semana passada durante encontro dos representantes dos quatro países em João Pessoa. O formulário será eletrônico e conterá especificações comuns aos integrantes do bloco. Também foi acordado que importadores, exportadores e agentes de comércio exterior terão de prestar informações com antecedência às alfândegas dos quatro países. O prazo para o envio dos dados ainda está por ser fixado.
O modelo de fiscalização “Operador Econômico Autorizado” é a segunda diretriz da reformulação das aduanas. A partir desta semana, importadores, exportadores e entidades empresariais receberão cópia da minuta desse sistema de controle, que será discutido na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e na Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
O objetivo é que a fiscalização dessas grandes empresas seja feita não na zona alfandegária primária (portos, aeroportos e pontos de fronteira), mas nas zonas secundárias (portos secos). Como no Brasil cerca de 500 companhias respondem por cerca de 85% das operações de importação, se ao menos metade desse grupo aderir ao OEA, a Receita Federal conseguirá desobstruir expressivamente o tempo gasto na internalização ou nas autorizações para embarques de produtos ao exterior.
De acordo com a Receita, a internalização das mercadorias adquiridas no exterior leva, em média, 27 horas. Em outra ponta, o tempo médio gasto no desembaraço das exportações é de 14 horas.
Ao propor que exportadores e importadores se submetam a uma classificação de risco para efeitos de controle aduaneiro, a Receita Federal se comprometerá com “um tempo zero” na fiscalização.
Como esse modelo será o mesmo adotado pela Organização Mundial de Aduanas (OMA), as empresas listadas pelo fisco brasileiro que não serão fiscalizadas em portos, aeroportos e pontos de fronteira tenderão a receber esse tratamento preferencial também nos países membros da OMA.
As estatísticas atestam a forte ampliação das operações de comércio exterior feitas pelo Brasil. Em 2000, o país exportou US$ 63 bilhões e importou US$ 55,8 bilhões. No ano passado, essas operações atingiram US$ 153 bilhões e US$ 127,7 bilhões. Neste ano, a meta de embarques é US$ 180 bilhões.
A Receita Federal corre contra o tempo para evitar que os procedimentos de controle e fiscalização se tornem um empecilho à maior inserção do Brasil no comércio internacional. Após a consulta aos setores produtivos a partir desta semana, a Receita concluirá o modelo e iniciará a implementação das medidas.
A terceira diretriz do projeto de reformulação da infraestrutura aduaneira é maior exigência por parte dos permissionários de 67 portos secos. Esse administradores de locais e recintos onde ocorrem movimentação, armazenagem e despacho de mercadorias procedentes do exterior terão que adotar sistemas informatizados de controle e monitoramento.
Será obrigatória a instalação de sistema de segurança com acesso remoto pelos fiscais e auditores. Entre os aparelhos com instalação compulsória constam câmeras que permitam a visão noturna. Os administradores dos portos secos terão dois anos para cumprir essas e outras determinações. A partir desse aparato logístico e operacional, a Receita Federal construirá um centro nacional de monitoramento dos portos secos.
O sistema de aperfeiçoamento das aduanas se completa com o aprimoramento do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) nos modais terrestre e aéreo, com o uso de scanners e cães farejadores e com a transferência de agentes administrativos para o cumprimento de tarefas menos complexas de fiscalização, a exemplo da conferência de bagagens.
O Fisco possui 4 mil profissionais nas tarefas de fiscalização e controle.
Valor
Publicado setembro 6, 2010 – am:12 am
Categorias: Agronegócios, Alimentos, America Latina, Economia, Governo, Mercosul
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"Tagged"argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai
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Bob Dylan expõe pinturas sobre o Brasil na Dinamarca

Uma nova exposição arte visual de Bob Dylan abriu no dia 03 de setembro, na Dinamarca. A coleção de 40 pinturas em acrílico foi criada especialmente para a National Gallery de Copenhagen, muitas delas nunca expostas antes para público.
O trabalho apresenta imagens esboçadas em um tour recente que o cantor fez pela América do Sul, porém com um enfoque mais no Brasil.
“Eu escolhi o Brasil como assunto porque já fui muitas vezes e adoro a atmosfera do país”, diz Dylan em comunicado oficial.
A
coleção, que compreende cerca de 40 telas pintadas em acrílico e oito
desenhos.“É uma coleção que jamais foi exposta, que foi feita para o Statens Museum for Kunst entre 2009 e o primeiro trimestre de 2010″, indicou Monrad, em uma entrevista anterior à AFP.
“Estes quadros mostram paisagens da vida cotidiana na cidades, as favelas e o campo do Brasil, para onde Bob Dylan viajou em várias oportunidades”, acrescentou.
“Também há quadros dramáticos sobre amores infelizes, ajustes de conta mafiosos e outras cenas que mostram o fascínio do artista pela diversidade desse país”, enfatizou.
A mostra vai até o final de Janeiro 2011. Porém, segundo o site NME, não existe planos para a exibição ir para outros países.
O astro americano da música folk, de 68 anos, expôs sua coleção anterior, Drawn Blank Series, na Alemanha, em 2007, e no Reino Unido, em 2008.
Publicado setembro 6, 2010 – am:52 am
Categorias: America Latina, Arte, Musica, rock
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"Tagged"Bob Dylan
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Abin barra candidatos que tenham micose
A matéria tá na Folha de São paulo deste domingo:
Ser
pontual, discreto, não se embriagar de forma contumaz, não praticar
nenhum ato que possa provocar um escândalo, aceitar ser investigado
socialmente e ter “urbanidade”.
Esses são alguns critérios definidos pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) aos interessados em trabalhar no órgão.
Ontem, a agência abriu concurso para 80 vagas, 50 delas para cargos de nível superior e 30 para funções nível médio, com remunerações de R$ 10,2 mil e R$ 4,2 mil, respectivamente.
No entanto, para que seja chamado, o interessado precisa ter “idoneidade moral e conduta ilibada” e também aceitar fazer exames médicos que incluem urina, fezes e toxicológicos a partir de amostras de cabelos, pelos ou raspas de unhas.
Os critérios eliminatórios para a seleção dos servidores foram publicados no “Diário Oficial da União” de ontem com as regras, chamadas de instruções normativas.
Entre as doenças que impedem o interessado de trabalhar na agência de inteligência estão obesidade tipo 3, sífilis secundária latente ou terciária, fratura viciosamente consolidada, distúrbio da fonação grave e micose profunda.
“A investigação social e funcional tem por objetivo verificar se o candidato possui idoneidade moral e conduta ilibada”, afirma um artigo da norma, que estabelece que a investigação poderá ocorrer durante todo o processo seletivo.
Segundo a norma, são fatos que afetam a idoneidade moral e a conduta ilibada a “habitualidade no descumprimento dos deveres de assiduidade, pontualidade, discrição e urbanidade, manifestação contumaz de desapreço às autoridades, descumprimento de obrigações legítimas, relacionamento ou exibição em público com pessoas de notório e desabonadores antecedentes criminais ou morais, embriaguez contumaz”.
A agência informou que esses critérios são uma prática comum em concursos para órgãos que lidam com segurança e inteligência.
SIMONE IGLESIAS/FSP
Ser
pontual, discreto, não se embriagar de forma contumaz, não praticar
nenhum ato que possa provocar um escândalo, aceitar ser investigado
socialmente e ter “urbanidade”.Esses são alguns critérios definidos pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) aos interessados em trabalhar no órgão.
Ontem, a agência abriu concurso para 80 vagas, 50 delas para cargos de nível superior e 30 para funções nível médio, com remunerações de R$ 10,2 mil e R$ 4,2 mil, respectivamente.
No entanto, para que seja chamado, o interessado precisa ter “idoneidade moral e conduta ilibada” e também aceitar fazer exames médicos que incluem urina, fezes e toxicológicos a partir de amostras de cabelos, pelos ou raspas de unhas.
Os critérios eliminatórios para a seleção dos servidores foram publicados no “Diário Oficial da União” de ontem com as regras, chamadas de instruções normativas.
Entre as doenças que impedem o interessado de trabalhar na agência de inteligência estão obesidade tipo 3, sífilis secundária latente ou terciária, fratura viciosamente consolidada, distúrbio da fonação grave e micose profunda.
“A investigação social e funcional tem por objetivo verificar se o candidato possui idoneidade moral e conduta ilibada”, afirma um artigo da norma, que estabelece que a investigação poderá ocorrer durante todo o processo seletivo.
Segundo a norma, são fatos que afetam a idoneidade moral e a conduta ilibada a “habitualidade no descumprimento dos deveres de assiduidade, pontualidade, discrição e urbanidade, manifestação contumaz de desapreço às autoridades, descumprimento de obrigações legítimas, relacionamento ou exibição em público com pessoas de notório e desabonadores antecedentes criminais ou morais, embriaguez contumaz”.
A agência informou que esses critérios são uma prática comum em concursos para órgãos que lidam com segurança e inteligência.
SIMONE IGLESIAS/FSP
Publicado setembro 5, 2010 – am:54 am
Categorias: Concurso, Lei, Saúde
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"Tagged"Saúde, Concurso ABIN, Micose, Agência Brasileira de Inteligência
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Amy Winehouse no Brasil em janeiro por 1milhão
Amy Winehouse já
assinou contrato para fazer seis shows aqui no Brasil em janeiro. A
cantora inglesa deverá receber cachê de 600 mil dólares, pouco mais de
R$ 1 milhão, por apresentação.Amy foi convidada para participar do Festival de Salvador, que acontece entre os dias 2 e 5 de fevereiro, mas a britânica já tinha compromisso.
Mas Rio e São Paulo estão entre as cidades que receberão a artista.
Se vier ao país no próximo ano, são grandes as chances de que Amy toque faixas de seu aguardado novo CD.
Em julho, a cantora anunciou ao jornal inglês “Metro” que o seu próximo disco ficaria pronto em seis meses.
“Eu quero muito ter algumas novas músicas no palco”, comentou na première do filme de seu namorado, Reg Traviss, “Psychosis”.
A cantora de “Rehab” disse que seu terceiro disco vai agradar a quem gostou do anterior, “Back to black”. “Será algo muito parecido com o meu segundo álbum, onde há um monte de coisas que tocariam em uma jukebox e músicas que são… apenas jukebox, sinceramente.”
A cantora gravou em abril três novas músicas para um tributo especial a Quincy Jones.
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