3 de jan. de 2010

Soundgarden volta após doze anos

Janeiro 3, 2010 por Nilnews
O Soundgarden, uma das mais importantes bandas da cena de Seattle nos anos 1990, vai se reunir. O retorno foi anunciado pelo vocalista Chris Cornell, através de um comunicado no site oficial do grupo. Eles estavam separados há doze anos.

“As férias de doze anos terminaram e as aulas voltaram”, escreveu o cantor. Desde a separação do grupo, em 1997, seus integrantes tocaram juntos em diversas oportunidades. Mas Cornell sempre afirmou que o Soundgarden só voltaria se todos os membros concordassem.

O comunicado não informa se o grupo voltará apenas para shows ou se pretende gravar um álbum de material inédito. O último disco da banda, Down on the Upside, saiu em 1996. Seus trabalhos mais conhecidos são Superunknown, de 1994, e Badmotorfinger, de 1991.

Justiça anistia vereadores do tempo da ditadura

Janeiro 2, 2010 por Nilnews
O ministro da Justiça, Tarso Genro, assinou no ano passado 3.344 declarações de anistia para ex-vereadores que trabalhavam em municípios com menos de 300 mil habitantes no período da ditadura militar – e nos quais não se podia pagar salários a vereadores, por determinação de atos institucionais. Com isso, subiu para 20.851 o total de pessoas que receberam esse benefício de 2004 para cá.

Ele não garante aos anistiados nenhuma soma em dinheiro, como acontece com perseguidos políticos que perderam seus empregos. Mas autoriza os ex-vereadores ou seus familiares a somar na contagem do tempo de serviço, para a aposentadoria, os anos em que ficaram sem receber salário – e sem contribuir com a previdência.

Trata-se de uma anistia de caráter político, dentro da perspectiva de acerto de contas com a ditadura. O curioso é que a grande maioria dos beneficiados não sofreu qualquer perseguição por suas ideias e ações políticas. Na verdade a maioria deles estava do lado da ditadura, no interior da Arena, partido de sustentação do regime.

REIVINDICAÇÃO
Essa história começou quase cinco anos atrás, quando a União decidiu pagar indenizações aos perseguidos na ditadura. Na corrida pelos pagamentos, grupos de ex-vereadores se apresentaram ao Ministério da Justiça, alegando que seus direitos haviam sido usurpados pelos atos institucionais que proibiram o pagamento de salários a vereadores de cidades com menos de 300 mil habitantes. Eles queriam que a União lhes pagasse tudo que haviam deixado de receber naqueles anos.

O governo e, depois, a Justiça barraram o pedido, cujo custo inicial era estimado em torno de R$ 3 bilhões. Mas o caso não parou ali. Ancorados na Lei 10.559, promulgada em 2002 e destinada a regulamentar questões relacionadas à anistia, os ex-vereadores conseguiram que o Ministério da Justiça lhes concedesse documentos declarando que são anistiados políticos. É com esse documento que pedem mudanças na contagem de tempo para a aposentadoria.

Para a Comissão de Anistia, que analisa os pedidos, trata-se de uma questão de justiça. Afinal, a medida que proibiu o pagamento de salários aos vereadores foi adotada de forma arbitrária. A declaração seria, portanto, uma reparação pela perda de direitos. “É um pedido de desculpas do Estado pelo tempo de serviço não remunerado”, diz Marcelo Torelly, que assessora a presidência da Comissão de Anistia nessa área.

Há pessoas que pensam diferente. É o caso do presidente da Federação das Associações dos Aposentados e Pensionistas do Estado do Mato Grosso do Sul, Alcides Ribeiro. Em mensagens distribuídas pela internet, ele critica as portarias ministeriais com as listas de beneficiados e diz que vão sangrar ainda mais os cofres do sistema de previdência.


Carmen Monegal não morreu

Janeiro 1, 2010 por Nilnews
Artista foi alvo de boatos, inclusive com notas de pessoas se dizendo da familia. Estas pessoas corrigiram dados biográficos e até agradeceram a nota há alguns meses dada neste blog de que a  atriz estaria morta, uma notícia replicada pela internet


Vejam o que diz o jornal Estado de São Paulo:

A veterana atriz uruguaia Carmen Monegal, que mora em Nova York, nos Estados Unidos, está no Brasil para passar o Natal em família.

Em breve, vai dar uma entrevista ao Caderno 2 de O Estado, para contar sobre seus projetos atuais. Carmen foi alvo de notícias falsas que davam conta de sua morte, na Grécia, em 15 de maio de 2008, o que causou transtornos consideráveis em sua vida pessoal e profissional.

Até hoje consta na internet a notícia de sua morte, e não se consegue mais apurar ao certo como tudo começou. Uma nota foi publicada também no Caderno 2 e repetida neste Portal. Pedimos desculpas à atriz e aos leitores pelo lamentável equívoco.

Em entrevista ao portal estadao.com.br, falando por telefone desde São Bento do Sul, em Santa Catarina, Carmen conta que recebeu a notícia de sua própria morte assim que foi publicada, por meio de seu blog e e-mail, quando recebeu orientação de seu advogado para fechar o blog para comentários. “Imediatamente comuniquei à polícia e ao Google, pois queria que tirassem meu nome da busca do site”, diz.

“De início não achei tão grave”, comenta, mas ao ver a notícia se alastrar cada vez mais pela internet, decidiu agora fazer o caminho inverso e entrar em contato com os grandes jornais brasileiros. Segundo a atriz, “os jornais estrangeiros publicaram o desmentido logo em seguida; aqui deveria ter feito o contrário do que fiz”, lamenta.



A atriz Carmen Monegal, em cena da novela ‘Helena’, da extinta TV Manchete. Foto: Arquivo/AE
Apesar de ter nascido em Montevidéu, no Uruguai, Carmen fez sua carreira artística no Brasil, atuando na televisão, no cinema e no teatro por cerca de 19 anos.

A atriz fez sucesso na TV dos anos 70 e 80, época em que as novelas faziam parte da programação de praticamente todos os canais da TV aberta, a única que existia, por sinal. Entre as produções de maior destaque, A Moreninha, na Globo, uma novela das seis escrita por Marcos Rey e dirigida por Herval Rossano em 1975-76 e Floradas na Serra, minissérie baseada no clássico romance de Dinah Silveira de Queiróz, adaptada para a TV Cultura por Geraldo Vietri, em 1981. Trabalhou ainda na Bandeirantes e nas extintas Tupi e Manchete, onde fez uma de suas últimas participações em novelas: Helena, adaptação do romance de Machado de Assis feita por Mário Prata, Dagomir Marquezi e Reinaldo Moraes, com direção dos agora globais Denise Saraceni e Luiz Fernando Carvalho, em 1987 – pouco antes de se mudar para os Estados Unidos. No cinema, atuou em Beto Rockfeller (1970) e Jeca e Seu Filho Preto (1978).

No Brasil, Carmen ainda estudou filosofia e teologia na PUC de São Paulo, interesses que a fizeram montar o The Pilgrim Gospel Theatre. “Há 18 anos peregrino com o teatro, andando de cidade em cidade. Recentemente estivemos no sul da França, vamos muito aos países nórdicos, à Grécia, ao Chile”.

Como o nome sugere, trata-se de uma peregrinação teatral que divulga textos do evangelho. Segundo Carmen, a ideia surgiu da tradição de contar histórias de New England, região nordeste dos Estados Unidos, que guarda influências da colonização britânica e é uma região onde Carmen trabalha boa parte do tempo quando está nos Estados Unidos. “A gente divulga as escrituras sagradas e as profecias que se cumprem com o tempo… A Bíblia é o livro mais vendido do mundo”, justifica. O grupo teatral é formado em cada ponto de parada e o núcleo é composto por ela e seu produtor, o advogado americano John Kostner.

No momento, em São Bento do Sul, a atriz se dedica à escrita de seu quinto livro. Depois de ter escrito prosa elogiada por Otto Lara Resende e poesia, por Ferreira Gullar, Carmen Monegal pretende lançar um livro sobre teologia, Duração Ordinária da Vida n.º 3, e a despeito do título, provar que está bem viva e trabalhando mundo afora.

Estadao

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