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A partir de janeiro, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, na capital, começa a fazer cirurgias de implante coclear. Depois de seis anos, o Ministério da Saúde finalmente credenciou a instituição a realizar a técnica, conhecida popularmente como ouvido biônico. O procedimento permite que pacientes com quadro grave de surdez voltem a escutar. A cirurgia é recomendada para casos de surdez bilateral, pessoas que não recuperam a audição nem com o uso de aparelhos convencionais. O procedimento consiste num pequeno aparelho que é implantado numa região do ouvido chamada de caracol.
“Ele estimula o nervo auditivo”, explica o coordenador do serviço de otorrinolaringologia do HC, Celso Becker. A estimativa é de que 0,3% dos surdos apresentem quadros de surdez profunda.
No Sistema Único de Saúde (SUS), o implante é indicado para crianças que ainda não aprenderam a falar e para pessoas que perderam a audição já adultas. Segundo Becker, o credenciamento do ministério é para 24 cirurgias ao ano.
Cada aparelho custa, em média, R$ 45 mil. A cirurgia é relativamente simples e dura duas horas. “É uma reabilitação que muda a vida das pessoas”, comenta.
O acompanhamento pós-cirúrgico e a reabilitação do paciente serão feitos por fonoaudiólogos, psicólogos e médicos. Pacientes mineiros que precisavam do implante eram encaminhados para cidades de São Paulo.
O tratamento no HC será por meio da Central de Marcação de Consultas do SUS. Os interessados podem procurar o centro de saúde mais próximo de casa, para avaliação médica e encaminhamento.
Flávia Ayer - Estado de Minas
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