O ator e diretor Anselmo Duarte morreu na madrugada deste sábado (7)aos 89 anos. Ele estava internado no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP desde 27 de outubro após um AVC (acidente vascular cerebral) hemorrágico. No domingo, 16 de agosto, sofrera um infarto do miocárdio que se seguiu a um quadro de anemia aguda. O diretor foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo, que será aberto ao público neste sábado.
Anselmo foi o único cineasta brasileiro a ganhar a Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 1962, por “O Pagador de Promessas”. O longa, baseado num texto teatral de Dias Gomes, tinha no elenco Leonardo Villar, Glória Menezes e Norma Bengell, e foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Em Cannes, concorreu com títulos de vários dos principais diretores da época, entre eles Michelangelo Antonioni, Robert Bresson, Luis Buñuel e Sidney Lumet. No júri, François Truffaut teria sido um dos principais defensores do prêmio principal para Anselmo.
O brasileiro tinha então 42 anos e vinha de uma carreira de ator que já durava 20 anos. Foi o galã principal da Atlântida e da Vera Cruz, as duas produtoras mais importantes do cinema brasileiro nos anos 1950 – a primeira, carioca famosa pelas chanchadas e a segunda, paulista, pelos melodramas de aparência e inspiração européias.
Mesmo com um currículo obscuro, que incluiu uma figuração em “É Tudo Verdade”, de Orson Welles, o então dançarino conseguiu logo de início um salário equivalente ao triplo do que ganhavam os grandes astros da chanchada, os cômicos Oscarito e Grande Otelo. Tudo graças à boa aparência e seu 1,88m de altura.
Anselmo nunca deu valor a sua carreira de ator. Achava-se canastrão e implicava com a própria voz. Tinha também restos do sotaque do interior de São Paulo. Ele era natural de Salto, caçula de sete filhos de uma família pobre e sem pai.
Quando estrelou a chanchada “Carnaval no Fogo”, que havia corroteirizado, o diretor Watson Macedo deixou que ele dirigisse duas sequências. Na Vera Cruz, o prestígio em filmes como “Tico-tico no Fubá” fez com que finalmente ele tivesse a chance de dirigir o primeiro longa-metragem, “Absolutamente Certo”. Nessa sátira à televisão, um sucesso de crítica e público, Anselmo ainda ficou com o papel principal. Logo deixaria de atuar nos filmes que dirigia.
“O Pagador de Promessas” veio em seguida. Anselmo, agnóstico, tinha um esboço de argumento sobre uma espécie de Cristo contemporâneo quando soube da peça de Dias Gomes sobre um sertanejo que quer pagar uma promessa feita em favor de um burro, carregando uma cruz até uma igreja, e o padre o impede de entrar.
O autor detestou a adaptação e ameaçou exigir que seu nome fosse tirado dos créditos. Foi a primeira de uma série interminável de rusgas que marcariam a carreira do ator. Depois do prêmio, ele passou a se sentir vítima de inveja e preconceito, tanto dos representantes do Cinema Novo quanto de grande parte da crítica.
“O Pagador de Promessas” era uma parábola populista e politicamente limitada, o que realmente não favoreceu o diretor entre os jovens cineastas engajados da época. Mas o filme era também um primor de encenação e sobrevive bem até hoje, mesmo entre os críticos.
O trabalho seguinte do diretor foi “Vereda da Salvação”, novamente baseado numa peça teatral (de Jorge de Andrade) e centrado num personagem sertanejo e místico (interpretado por Raul Cortez). Era o filme favorito de Anselmo, mas enfrentou problemas de todo tipo e não teve a repercussão esperada.
Só cinco anos depois Anselmo voltou a filmar, com “Quelé do Pageú”, drama de cangaço, e “Um Certo Capitão Rodrigo”, baseado em Erico Verissimo. Foram filmes de repercussão modesta em comparação com “O Pagador”. A carreira do diretor ainda prosseguiria com três episódios de pornochanchadas, um melodrama policial (“O Descarte”), uma adaptação de um drama regionalista escrito originalmente para a TV (“O Crime do Zé Bigorna”) e um filme estrelado por Pelé (“Os Trombadinhas”).
Anselmo nunca deixou de atuar. Fez um papel marcante como policial sádico no clássico “O Caso dos Irmãos Naves”, de Luiz Sérgio Person, em 1967, e passou às participações especiais que lhe davam algum prestígio, algum dinheiro e pouca exposição, como ele preferia.
Com quase 90 anos, Anselmo ainda fumava e gostava de beber, mantinha a fama de conquistador irresistível e de um grande contador de histórias. Teve quatro filhos e casou-se algumas vezes, uma delas com a atriz Ilka Soares, de beleza lendária.
Gisele Bündchen desbancada por Georgia Jagger
Novembro 7, 2009 por NilnewsGeorgia My Jagger, filha de Jerry Hall e Mick Jagger, é a mais nova queridinha do mundo da moda. Com apenas 17 anos, ela foi capa da “Vogue” inglesa de novembro e já está sendo sondada para substituir Gisele Bündchen na campanha de inverno 2010 da Versace.
A jovem tem histórico familiar de sucesso – a mãe dela, que era modelo, foi estrela das principais campanhas da Yves Saint Laurent e Revlon. Já o pai dispensa apresentações, certo?
Foi a própria Donatella Versace que disse estar de olho no estilo refinado e ao mesmo tempo rock’n'roll da jovem. Estaria a irmã do fundador da maison querendo subverter o papel da marca? Afinal, com o espírito jovem que tem, era de se esperar mudanças como essas…
Corinthians quer Riquelme para Libertadores
Novembro 5, 2009 por NilnewsLuís Paulo Rosenberg irá a Buenos Aires para conversar com procurador do jogador; oferta será de R$ 5 milhões
Riquelme pode jogar Libertadores no Corinthians
O departamento de marketing do Corinthians está oficialmente responsável pela contratação de Riquelme. O diretor Luís Paulo Rosenberg vai a Buenos Aires conversar com o jogador e seu procurador, Daniel Bolotnikoff. Pessoas próximas ao presidente Andrés Sanchez tratam a contratação como algo acertado.A data da viagem não está definida. Rosenberg queria ir na segunda-feira, mas talvez não seja possível compatibilizar as agendas.
Com ele viajará Thiago Ferro, do Grupo DIS, a empresa que bancará a contratação pagando ao Boca Juniors, clube com o qual Riquelme tem contrato até meados de 2010. O Corinthians ficará encarregado de arcar com o salário, que não será pequeno.
Rosenberg entrou na jogada porque apenas com um elaborado projeto de marketing será possível pagar os salários do jogador. Bouzas avisou que é preciso abrir o cofre para convencer Riquelme a deixar Buenos Aires. A conversa não começa por menos de R$ 5 milhões por um ano.
Marcel Rizzo - Jornal da Tarde
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