Em nota divulgada nesta quarta-feira, 16, o Movimento dos Sem Terra classificou como “represália” contra suas lutas e um “instrumento político e ideológico de setores conservadores” o fato de um requerimento para a instalação de CPI contra o movimento ter sido protocolado.
O pedido de CPI mista foi protocolado, também nesta quarta, pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO) e pelos deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).
O objetivo da criação da comissão é apurar as informações publicadas no Estado e na revista Veja de que o movimento recebe, irregularmente, verbas do governo.
O MST discorda e aponta como motivo da instalação da CPI o fato de o governo Lula ter recentemente se comprometido com a atualização dos índices de produtividade rural. O movimento acusa a senadora Kátia e os deputados Onyx e Caiado de, como líderes da bancada ruralista, estarem defendendo interesses do agronegócio.
“(A bancada ruralista) não aceita que seja cumprida a Constituição Federal de 1988 e a Lei Agrária, de fevereiro de 1993, que determina que os parâmetros, índices e indicadores que informam o conceito de produtividade serão ajustados, periodicamente, de modo a levar em conta o progresso científico e tecnológico da agricultura e o desenvolvimento regional”, argumenta o MST. O movimento alega que os índices de produtividade são analisados com dados de um censo feito em 1975, ou seja, defasados em mais de 30 anos.
A nota fecha com um recado do Movimento dos Sem Terra avisando que os trabalhos e manifestações que vem sendo feitas continuarão a ser realizadas.
Clique aqui para ler a íntegra no site do Estadão
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