17 de jul. de 2008

“Com habeas corpus, Cacciola volta para Itália”

O ex-banqueiro Salvatore Cacciola chegou ao Brasil depois de sua extradição, realizada após pedido do governo brasileiro. A Procuradora da República no Distrito Federal, doutora Raquel Branquinho, disse que A extradição de Cacciola é muito importante para a sociedade brasileira pois representa um sinal contra a impunidade daqueles que comete o crime do “colarinho branco”.

Raquel afirma que o sucesso na recondução de Cacciola ao Brasil vem a calhar num momento em que se discute a aceitação pelo judiciário da prisão preventiva de banqueiros, alto-executivos e investidores que cometem crimes contra o sistema financeiro, como é o caso de Daniel Dantas. A procuradora explica que Cacciola é foragido, pois na época da denúncia contra o banqueiro, recebeu o habeas corpus do ministro do STF, Marco Aurélio Mello, sob a condição de que era garantida sua permanência no Brasil.

Salvatore Cacciola negou que seja um fugitivo da justiça em declaração que deu ao chegar no Brasil nesta quinta-feira. Raquel Branquinho diz também que estavam caracterizadas todas as condições para a prisão preventiva de Cacciola à época de sua prisão, como a possibilidade de fuga e a atuação do banqueiro para atrapalhar as investigações.

Os advogados que defendem Salvatore Cacciola informaram que o ex-banqueiro ocupa, no presídio Ari Franco, no subúrbio do Rio de Janeiro, uma cela com aproximadamente 14 pessoas. Segundo Guilherme Eluf, que o defende, o espaço é precário e não possui camas para todos os detidos.

JP

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